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Marcos Moura

A Faixa da intolerância

Essas faixas brancas no chão me faziam lembrar as zebras que assistia no National Geographic, elas poderiam estar Centro do Rio, em qualquer dia da semana, em um dia de Rush qualquer, alias, poderiam estar em qualquer grande metrópole.


Elas estão por toda parte e enquanto aguardo observo [Atentamente] cada gesto, cada expressão, o olhar que transmite sentimentos, os movimentos do corpo que refletem a personalidade e a má intenção, resultado de uma sociedade doente.


Intenção, malandragem, esperança, dor, carência, "chip da claro, da vivo, da tim e da oi" _ inocência, exploração, desejo, fé, cansaço _ "boa noite senhoras e senhores passageiros, me desculpe estar incomodando [se sabe que vai incomodar, porque faz?], mas eu queria falar da palavra do R$100nhor", psicopatia, TPD - Transtorno de Personalidade Dependente, empatia, amor, sexo e pressa, trabalho, subvida, subemprego, "água gelada, guaracrac dois real, vai pipoca aí parceiro?". "PEGA, PEGA ESSE MOLEQUE, PEGA LADRÃO", atenção, cautela, precaução.


Novamente as faixas brancas no chão e acima delas a indicação, mas o celular na mão mais uma vez tira a atenção, somada a falta de precaução muita gente atravessa sem olhar a sinalização. Entre uma brecha e outra na movimentação dos veículos o que menos importa agora é olhar sinaleiro. O transporte popular da volvo vem em alta velocidade, mas a massa [povão] precisa chegar. Onde? Na verdade nem eles sabem.

Precisam chegar do outro lado porque em pleno seculo XI o telefone sem fio [brincadeira de criança] ainda está ativo e funcionando muito bem, obrigado. Nas redes sociais não é muito diferente, os sentimentos são expostos, os direitos são violados sem ao menos exigir a fidedignidade da história.


Em tempo, esse comportamento me faz lembrar outro animal curioso _ o polvo [parece trocadilho, mas não é], ele é capaz de imitar, pelo menos, 15 tipos diferentes de espécies aquáticas. Me desculpem, vamos voltar a nossa analogia. As zebras, os polvos, as pessoas (maioria) concordam, julgam e condenam _ atravessam as faixas brancas, violando o direito alheio sem qualquer direito a defesa ou até mesmo sem proporcionar a si o direito de mudar de opinião.


Na verdade mudar de opinião não diminui ninguém, a pessoa pode apenas ter usado a empatia e ter visto o assunto por outro ângulo ou ter percebido que aprendeu tudo errado ou ainda que para muitas coisas nesta vida não dá para aplicar matemática e esperar um cálculo exato.


De qualquer forma não precisamos concordar, mas RESPEITAR a opinião alheia é um dever, atravessando a faixa ou não.


Marcos Moura

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